Como as crianças aprendem? 10 dicas!

Os adultos tem mania de miniaturizar as necessidades deles para as crianças. Mas elas não são mini adultos. Elas tem uma modo de enxergar e ver o mundo delas, de iniciantes, de desbravamento…
Afinal, como as crianças absorvem o que vocês pais estão ensinando?

 

Vocês impõem e pronto ou entendem a criança como um ser ainda em desenvolvimento (cru e puro, um diamante a ser lapidado)?

Muitos idolatram a ideia de que é só mandar e elas obedecem. Já outras linhas são mais ligadas ao apego. Mas o que está por trás disso? Como elas aprendem?

Apesar de não parecer mais uma bebê, uma criança de 2 aninhos também não é uma mini adulta, como muitos pensam. Não adianta impor que fiquem quietos durante uma missa, uma viagem dentro de um avião (na qual ainda sofrem com a pressão nos ouvidos) ou em alguma cerimônia qualquer de adultos. Não adianta evitar levá-los a estes lugares também, visto que é interessante que sejam inseridos em nossa rotina. É preciso educá-los sim, mas respeitando-os como crianças, a forma como interpretam e absorvem as coisas e no seu tempo.

Vou expor algumas situações que presenciei abaixo, para melhor exemplificar situações corriqueiras de crianças pequenas (em pleno aprendizado) inseridas em meio “adulto”.
Algum tempo atrás fomos à missa e Clara, apesar de ser uma menina tranquila, está no auge de seus 2 aninhos, ou seja, às vezes “se empolga”, falando mais alto do que deveria. Eu não deixo, a corrijo. Porém ela não absorve imediatamente, justamente pelo fato de não ser uma adulta em miniatura. De repente ouço um “shiiiiiiiiiu” num dos bancos atrás da onde sentávamos. Aquilo não repreendeu a Clara, que não entende ainda que uma pessoa estava pedindo para que ela ficasse quieta. Foi um recado para mim. Está no direito dela, mas não posso deixar de dizer o quanto acho incompreensível, ainda mais pq ela não faz bagunça alguma e se fizesse, não temos o direito de socializar nossas crianças em ambiente público e ensiná-las na prática?
Outra vez presenciei uma cena horrorosa (vergonha alheia pelos adultos, não pela criança): dentro de um avião (ainda não era mãe), tinha um bebê chorando muito. Na hora comentei com meu marido (namorado na época), que o ouvidinho do bebê deveria estar doendo… De repente uma pessoa sentada próxima a nós chama a comissária e exige dela que tome uma atitude em relação a criança chorando, que estava incomodando. A comissária, meio que sem jeito, foi falar com a mãe, que estava já descabelada, sugerindo mamadeira, alguma coisa que acalmasse a criança. Mas gente, será possível que a mãe quer que a criança fique chorando? Se ela não consegue fazer parar de chorar naturalmente, imagina com a pressão de outras pessoas?
Eu sempre converso com a Clara no trajeto de onde estamos indo e enfatizo como eu espero que ela se comporte. Já viajamos algumas vezes de aviso e ela nunca me deu problema. Na missa vamos toda a semana e sempre elogio quando ela se comporta e a repreendo quando ela faz algo de errado. Mas não espero que aprenda na hora. Afinal paciência de mãe tem um motivo: crianças aprendem por repetição! Elas tentam, tentam e ao se depararem inúmeras vezes com o mesmo posicionamento seu, aprendem.

Segundo a pedagoga Dilma Alves, alguns pontos interessantíssimos sobre como a criança aprende:

 

  1. Através de exemplos
  2. através da comunicação silenciosa
  3. pelos sentidos
  4. imitando
  5.  pela repetição
  6. com conversa
  7. fazendo
  8.  brincando
  9. pela satisfação
  10. Por fim, a criança aprende melhor ao se sentir segura e amada

 

Entendam: não é questão de ser “mole” com a criança, deixa-la fazer o que quer ou de não mostrar autoridade. É questão  respeita-la como um ser que ainda não sabe nada e vive uma fase pela qual já vivemos também.

Absorver essas 10 sugestões de como elas aprendem é na verdade uma forma de respeito e aceitação ao que elas são e à fase que elas estão vivendo. Levando em consideração a forma que elas aprendem, a coisa fica bem mais fácil e a velocidade da retenção do que ensinamos será muito maior. Aqui em casa me surpreendo muito.

Mais tolerância e paciência com nossas crianças. Elas estão só aprendendo. Ao adulto o que parece brincadeira, para uma criança pode ser uma experiência de aprendizagem.

Portanto não é legal deixar de inserir as crianças nas atividades rotineiras dos pais.

 

Um beijo, Marrie

Leia também:

 

https://www.mamaeplugada.com.br/2016/01/brinquedos-que-estimulam-desenvolvimento-da-fala/

3 Comments

  1. Simone

    11 de janeiro de 2016 at 14:18

    Oi Marília! Eu sempre evitava ir a missa com o Vicente. Depois que vi vocês irem a missa. A Clara brincando na igreja e seu relato de que ela se comportava. Eu tomei coragem em levá-lo. Percebi que estava fazendo errado na educação dele por conta do que os outros fossem pensar se ele fosse incomodar. Digo que não está sendo fácil. Ele já chegou na frente da igreja e queria voltar. Está se acostumando. Mas não vou desistir. Amo ir a missa e quero que ele tenha uma vida cristã ativa. Beijos!

    1. Marrie Ometto

      11 de janeiro de 2016 at 15:01

      Acredito no exemplo como melhor método de educar. Por isso como você disse, vá sim e leve-o junto. Você pode não perceber agora, mas está dando exemplo para toda a vida! bjs

  2. josefa gonçalves da silva

    10 de janeiro de 2016 at 21:45

    Aprimorei meus conhecimentos,tenho um filho com 9 anos e ainda tenho muitas duvidas.

Comente! Sua opinião é importante!