Olá Mamães!
Hoje li um texto de Harvard um tanto quanto unilateral, considerando para pesquisa mulheres de outra geração, que trabalhavam sim fora, mas tinham muito mais tempo para a família.
Enfim, eu até entendo o propósito de um texto desses. Já comentei com vocês da culpa que a mulher sente, independentemente se ela volta para o mercado de trabalho ou se ela pausa a carreira. A mulher está sempre se sentindo mutilada, pelo menos no momento da escolha, geralmente ao fim da licença maternidade. É tudo muito delicado e difícil. Num evento que tive de uma importante marca infantil, a Diretora disse em sua palestra: “as 19h saio do trabalho e desligo o celular. As 20h chego em casa e sou mãe, até as 22h, quando meu filho dorme”.
Essa culpa feminina, aliada ao textoque já fiz aqui sobre o mercado de trabalho TER A NECESSIDADE (leia mais aqui) de se enquadrar á natureza feminina humana para conseguir manter mão de obra no longo prazo, devem ter incentivado Harvard nesse estudo, que li no site QZ.com (em inglês). Ao clicar no link que este site referenciava o estudo de Harvard, o mesmo encontra-se fora do ar.
Bom, vou traduzi-lo aqui para vocês terem acesso ao conteúdo e abaixo darei minha singela opinião.
“A culpa feminina das mulheres que trabalham fora, por mais reais e constantes que sejam, não tem razão de ser tão grande.
De acordo com o estudo da Harvard Business School, publicada em 19 de Junho de 2015, filhas de mulheres que trabalham fora tem maiores chances de estarem empregadas em funções de liderança e ganharem mais dinheiro no futuro do que as filhas de mulheres que trabalham em casa.
Os estatísticos avaliaram dados de vários países (24) e concluíram que filhas de mães que trabalharam fora tiveram 4,5% de vantagem no mercado de trabalho do que as filhas das mães que trabalham de casa, ou donas de casa. {tentam justificar} Por mais que esse número pareça pequeno, ele tem 99% de significância estatística, o que significa que menos de 1% é a chance de erro deste número {concordo com a parte numérica, só esqueceram de avaliar todo o contexto humano ao redor. Abordarei mais abaixo}.
Ainda mais surpreendente a isso, foram os efeitos analisados em relação a cargos de liderança, disse Kathleen McGinn, a professora da Harvard Business School é líder desta pesquisa: “Nós esperávamos alguma vantagem em relação à empregabilidade ao iniciarmos o estudo, o efeito da vantagem em relação a cargos de liderança foi uma surpresa”, afirma.
O estudo aponta que 33% das filhas de mães que trabalharam fora estão hoje em cargos de liderança, contra os 25% de cargos de liderança em mãos de filhas de mães que trabalharam em casa, representando 8% de vantagem para as primeiras. Ganham cerca de $5200 dólares a mais por ano.
McGinn acredita que o resultado é fruto da mensagem que mães que trabalham fora passam as suas filhas, através do exemplo, são mais efetivas do que aos filhos, já que são do mesmo sexo e vivem os mesmos dilemas.
Este efeito das mães que trabalham fora foram mais efetivos em economias sólidas, como EUA e Reino Unido”.
Concordo que o exemplo é importante. Mas acho o texto muito falho em inúmeros aspectos, como estarmos em outra geração (com desafios à mulher totalmente diferentes), o fato da criança em outras épocas raramente passar tempo integral na escolinha (os primeiros 1000 dias, que aborda saúde, vínculo e tantas outras questões importantes descobertas) e o fato de que, uma criança que passa muitas horas com o cuidador, começar a tomar este como exemplo, não apenas a mãe.
Todos esses pontos não abordados por Harvard, não suprem os singelos 4,5% de diferença entre as situações das mães.
O texto levou em consideração mulheres que hoje estão no mercado de trabalho, ou seja, adultas que viram suas mães trabalharem fora.
Isso em si já é um enorme problema, já que, na época de nossas mães, por mais que trabalhassem, as 19h estavam todos em casa jantando. Provavelmente conseguiam vir para casa almoçar também. Ou seja, ela tinha oportunidade muito maior de participar ativamente na criação dos filhos, mesmo trabalhando fora.
Esse estudo só é válido para mulheres que conseguem equilibrar as horas de trabalho-casa da mesma forma que na época de nossas mães, respeitavam o horário de trabalho. Eu, particularmente, trabalhei em poucas empresas que me permitiam trabalhar “apenas” a jornada de 8h/dia. E, nesse contexto, como já mencionei para vocês aqui, por mais que a mulher seja uma super mãe, ela acabara tendo apenas 3h úteis do dia para educar ela mesma seus filhos (período em que chega em casa do trabalho e a criança ainda não dormiu).
Ao mesmo tempo que a mãe que trabalha fora vive essa “culpa”, a mãe que trabalha em casa, seja de forma remunerada ou não, carrega a culpa do outro lado, deixando de lado a carreira em grandes empresas, para as quais foram preparadas a vida toda para conquistar.
Então, na minha opinião, além desse estudo representar estatísticas super baixas e mais efetivas em países de economia sólida, acho que exemplo de trabalhar é sempre nobre. Seja em casa ou fora dela. Seja o árduo trabalho em exaustivas jornadas, em ambientes que não respeitam a natureza feminina ou em casa, onde ninguém vê e muito menos valoriza o árduo trabalho o que ela faz.
Quero ensinar a minha filha que, o que quer que ela faça com amor, ela será bem sucedida. Seja trabalhando dentro ou fora de casa.
Eu sempre acho essas pesquisas tendenciosas Na verdade parece até que querem tirar a culpa das mães que trabalham fora, mas fazem isso da pior forma…querendo jogar culpa pras que ficam em casa. A maternidade é linda em todas as suas formas. Algumas mulheres precisam trabalhar fora, outras conseguem articular a sua profissão home office….e outras sabem o valor de acompanhar os filhos de perto e abrem mão da carreira por um tempo curto ou quem sabe longo…Mas, na minha concepção, ser bem sucedida é sentir amada, segura, ter um lar acolhedor…independente da mamãe está ou não em casa.
Eu vou escolher o home office sem peso na cachola. Quero ficar pertinho dos meus filhotes, se Deus permitir.
De verdade,não penso por esse lado.
Trabalho muiiitttoooo, fora e dentro de casa. Faço academia, vou ao supermercado,arrumo unha,saio maquiada,sou vaidosa sim!!!!
E nunca, nunca mesmo meus filhos ficam em segundo plano. Eles são sempre a minha prioridade!!! Faço para casa,levo ao pediatra, vou as reuniões de escola….sempre tento estar presente o máximo possível!!!
Mas também não gosto de ficar ouvindo/ lendo a toda hora que os filhos de quem trabalha fora são “menos bem criados” do que das mães que não trabalham….
Essas particularidades,como sucesso,realização,ser bem sucedido, pra mim sinceramente nada tem a ver com mãe estar ou não em casa. Vai mto além disso….
Uma mãe pode trabalhar fora e ter filhos extremamente felizes,bem educados e bem sucedidos e vice versa!!!
Me sentindo realizada. Trabalhei muito, estive presente, sempre contei com a parceria de um companheiro f-e-n-o-m-e-n-a-l, nunca me cobraram nada e são pessoas muito bem resolvidas. Somos um time só tenho a agradecer a vida dura e maravilhosa!
Rosangela Jasper Cida Apd Dea Jasper Boer eu já sabia!!!
Esse povo de Harvard passa tanto tempo fazendo essas pesquisas idiotas, que nem filhos devem ter. Então como falar do que não se sabe????
É… tem coisas que só a experiência traz…
Cada uma. Sempre aparece um pesquisa pra querer provar algo. O que importa é o que funciona pra cada família. O que se encaixa no momento. Etc. esse negócio de ter q provar isso ou aquilo muito chato. To bemmmmm feliz e isso q importa hehehhe
Nossa disse tudo. ..eu não concordo com essa pesquisa. …ser bem sucedida é uma questão muito particular. …pra mim dinheiro, status, imagem ou qualquer coisa desse tipo não tem nada a ver com realização. ..ser mãe, ensinar com exemplos e com nossa presença, valores, caráter, amor….isso sim é mais importante. ..infelizmente o mundo prega que ter é mais importante que ser….Deus abençoe sua família. ..admiro seus textos. ..São belas reflexões. ..
Acho que todos os dois lados têm vantagens e desvantagens. Infelizmente nós mães nos sentimos sempre culpadas. Acho importante cada um fazer como acha que é melhor, pois não existem fórmulas perfeitas!! Mais amor e menos julgamento, independente da escolha da mamãe! Cada uma sabe da sua responsabilidade!!
Eu nem penso se ela será bem sucedida ou não!
Penso que não quero perder os momentos mais lindos da vida dela! E sei que minha presença e atenção também a fará bem sucedida!!