Aquele mundo de imagens, sons, explosões de sentidos muitas vezes parece estimular, né?
Converso com muitas mães que acreditam que as telas, sejam as TVs, tablets, smartfones ou computadores estimulam seus filhos na aprendizagem. “Nossa, meu filho aprendeu inglês vendo Youtube”.
Não tenho dúvidas disso*. De fato, as crianças absorvem sim, mas a maneira que isso acontece precisa ser frisada e, por isso, a importância de se selecionar programas educativos, já que não dá para se excluir a criança desse mundo das telas. Mas dá para reduzir a exposição e isso é muito importante.
*As crianças aprendem com as telas, mas muito mais se a mãe falar o dia todo com ela! Cientificamente comprovado! E nais: antes que a criança atinja a fase da fala, as telas em nada contribuem, só atrasam. Inclusive a fala.
Mas por que reduzir as telas, se elas aprendem com elas?
Às vezes colocamos as crianças na frente da TV para que relaxem um pouco, depois de uma maratona de brincadeiras. Porém, muito embora pareça que as telas estão relaxando, a criança não pensa em absolutamente nada enquanto as assiste e os super efeitos que as telas proporcionam são uma enxurrada de estímulos dados, em que a criança recebe sem questionar, sem raciocinar, sem criticar.
Caímos abaixo do nível do pensamento quando assistimos TV, assim como acontece quando uma pessoa encontra-se alcoolizada ou drogada. Ao assistir TV, a criança não pensa, ela recebe informações. É um estado de inatividade da mente de uma forma ultra estimuladora, como se ela entrasse em um estado de transe na hipnose.
Quanto mais bobo o conteúdo, mais somos fisgados pelos programas de TV ou aplicativos e mais viciados ficamos (isso não se aplica apenas às crianças). Vide os Big Brothers da vida. Não estimulam o pensar, apenas induzem a um transe onde apenas recebemos, não agimos como seres pensantes que somos (pensem o quanto isso é interessante ao mundo do marketing). Quando o conteúdo da programação tem qualidade, ele pode, até certo ponto, neutralizar o efeito hipnótico da TV. Mas, infelizmente, conteúdos de qualidade raramente se tornam populares, já perceberam? Será que era nisso que o autor do filme Idiocracy estava pensando?
Por conteúdos de qualidade, temos filmes, programas de TV e séries que nos “despertam” para um pensar crítico da vida, seja num documentário, num drama ou numa comédia que nos faz rir e enxergar os próprios egos e materialismo. Infelizmente, conteúdos de qualidade são poucos e possuem baixa popularidade.
Muitos estudos comprovam a ligação entre crianças que foram expostas demais à telas e o deficit de atenção mais tarde na vida, exatamente pelo fato de elas receberem tudo pronto pelas telas e, ao precisar usar seu proprio pensar, haver um conflito, uma dificuldade maior.
Portanto, por mais que não possamos negar que vivemos a era das telas, não custa nada ficarmos de olho no tempo de exposição de nossas crianças e na qualidade dos programas e aplicativos que assistem/utilizam. Eu, aqui em casa, parei de colocar canais infantis de TV por assinatura, só coloco o Netflix para que minha Clara assista, ou Youtube, pois são mais livres de propagandas voltadas às crianças. Uma coisa é propaganda para os pais, que são adultos e sabem das coisas. Propaganda voltada para a criança pedir algo acho de baixíssimo nível.
Também dou preferência para aplicativos educativos. Portanto, em vez de deixar minha filha assistir TV ao acaso, pré-seleciono os meios e os programas, sem a proibir de algo que ela queira assistir, se me pedir. Conversamos bastante e sempre digo a ela o poder “emburrecedor” da TV.
Outra coisa que faço aqui em casa é limitar o tempo de exposição à tela, estrategicamente usando a tecnologia ao nosso favor: vê nos momentos em que vamos à locais em que nada tem para criança fazer, como aviões, restaurantes sem área kids…
Para nós adultos, vale essa dica: quando estiver assistindo TV, tente lembrar-se de que está diante dela, isso faz com que volte do transe e não receba tudo aquilo com a verdade (e necessidade) que parece. Não é urgente que você compre o creme de cabelo que passou lá. Será que é o ideal para você?
Um beijo, Marrie
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Olha Juli Viana Silva
Jairo Pimentel Jr.
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Adônis Nascimento
Jeanne Sissa
Roberto Assis
Gravar desenhos para evitar as propagandas, limitar o tempo de exposição as telas, oferecer alternativas e antes dos 2 anos usar só em caso de necessidade.
Eu gravava desenhos da TV em fitas de vídeo cassete, sem propagandas, pra vocês assistirem e dava muito certo.
Pois é, lembro de você falar que gravava os desenhos. Pretendo fazer com a Agnes.
Felipe Miyai
Robinson Belisario
Aline Pontes Lai Moreira Emanuella Filgueira Suzana Assis Silvana Assis Gleise Sampaio
Jean Pierre Ribeiro Oliveira
Emanuele Brito